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Soft Kills – Trabalho em equipe é a base do desempenho organizacional

Não é de hoje que há referências populares, ao fato de saber conviver em grupo e ter realização coletiva. Quem nunca ouviu o ditado popular: “Uma andorinha só não faz verão”?

Frases como essa são particularmente úteis, sobretudo, no universo organizacional, onde as empresas têm setores em geral com mais de uma pessoa. Mesmo que um departamento tenha apenas uma pessoa, ela precisa relacionar-se com os demais funcionários da empresa.

Assim como em outras soft skills (competências comportamentais), o trabalho em equipe é hoje uma das habilidades mais requisitadas pelas empresas. Isso porque as pessoas passam mais tempo no trabalho do que em suas casas, e aqueles que não sabem trabalhar em grupo podem tumultuar o ambiente e até mesmo afetar o desempenho de um departamento inteiro.

Trabalhar em equipe exige, acima de tudo, racionalidade sobre os papéis que cada um desempenha no setor: suas responsabilidades e respeito à hierarquia. Significa escutar mais que o normal (fora da empresa) e aceitar mais as diferenças comportamentais e culturais de cada um.

Além da tão falada maturidade emocional, afinal, o time precisa saber lidar com a pressão e com as diferenças, é preciso ter empatia. Entendida como a capacidade de se colocar no lugar do outro, será por meio dela que nos momentos de dificuldade aparecerá aquela ajuda amiga, mais que bem-vinda, quando alguém está no sufoco por que está com excesso de trabalho ou com algo de alta complexidade para resolver.

O trabalho em equipe também está diretamente relacionado à formação de líderes, pois os cabeças de cada setor deverão saber lidar com os diferentes perfis de seus subordinados. Além disso, enquanto o líder depende do trabalho de sua equipe, por outro lado, é ele quem decide o que cada um fará.

Uma pesquisa realizada pela consultoria Robert Half, em 12 países, e com 1.500 diretores de recursos humanos, sobre liderança e trabalho em equipe, apontou que os brasileiros são os profissionais mais estressados do mundo. Entre os entrevistados, 52% afirmaram que a principal causa era a sobrecarga de trabalho e o acúmulo de funções, enquanto 44% apontou a falta de reconhecimento profissional ou falta de perspectiva de crescimento profissional.

O estudo revelou, no entanto, que 60% dos entrevistados acreditam que o trabalho em equipe minimiza os fatores de estresse e que 51% sugerem uma reestruturação de suas tarefas e funções. Além de uma possível perda de talentos para outras empresas, é possível inferir do estudo que os profissionais prezam e necessitam do trabalho em grupo para dividir responsabilidades, diminuir o estresse e alcançar o resultado esperado pela empresa ou instituição. 

Leon Santos
jornalista da Revista RBA